15 DE AGOSTO - ASSUNÇÃO DE MÃE MARIA
Imagem de Máe Maria psicografada por Chico Xavier
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
A cristandade acreditou na Assunção da Virgem Maria logo desde os primeiros séculos da sua história e, assim, a tradição da festa oficial da Assunção remonta provavelmente já ao século VI.
Como Monsenhor diz Michel Dubost, no seu livro "Marie" (ed. Mame, Paris 2002): "A festa da Assunção nasceu em Jerusalém, mas é difícil saber em que época. A origem da festa talvez venha da consagração de uma igreja a Maria pelo bispo Juvenal (422-458), em Kathisma [suposta etapa da Virgem entre Nazaré e Belém]. É mais provável que tenha como origem a consagração de outra igreja em Gethsemani, ao lado de Jerusalém, no século VI. Seja como for, a festa foi alargada a todo o Império pelo imperador Maurício (582-602) sob o nome de Dormição da Virgem Maria. A festa foi sempre celebrada no dia 15 de Agosto. Como o ano litúrgico dos Orientais começa no 1º de Setembro, ele inicia-se verdadeiramente com a Natividade da Virgem e termina com a sua entrada na glória a 15 de Agosto.
E será apenas nos meados do século XX que a Assunção da Virgem Maria virá a ser proclamada "dogma da Igreja", em 1950, pelo papa Pio XII:
"Por fim a Virgem imaculada, preservada por Deus de toda a mancha do pecado original, tendo concluído o curso da sua vida terrestre, foi elevada à glória do céu em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do universo, para assim ser mais inteiramente conforme ao seu Filho, Senhor dos senhores, vencedor do pecado e da morte" (LG 59). A Assunção da Virgem Santa é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos."
Nos Teus Passos, Senhor...
Quando mais um ciclo da vida chega ao fim, tanto mais percebo que foram tantas as mudanças e as despedidas, que o meu coração resolveu adotar sentimentos e atitudes de peregrino e reafirmar a crença de que tudo aqui é passageiro. Aceitando as perdas inerentes ao tempo, meu coração peregrino prestou mais atenção aos detalhes do caminho e seguiu, com destino seguro mas incerto, até ao dia em que vislumbrará o "para sempre" - eternidade. Foram tantas as pessoas que encontrei neste meu peregrinar, que minha mente decidiu estar atenta e aberta às surpresas e aceitar com serenidade os muitos momentos e movimentos que a vida me foi oferecendo. Encontrei jardins secretos, cirandas de amizade, amor tecido de tempo-gratuidade, silêncio, ternura e afeto. Muitos olhares se encontraram, muitas mãos se tocaram, mesmo à distância.
Palavras encontraram eco e o silêncio se fez fecundo, reacendendo no corpo e alma o anseio de voltar a Ti. Quando eu terminar a peregrinação neste tempo de sombra e de luz, um pouco de mim, em lembranças e palavras, ainda colocará brilho nos olhos das pessoas que eu toquei, das pessoas que amei! Agradecida pelos presentes que a vida me ofereceu, deixarei para quem vier as estrelas que encontrei em noites de solidão. Devolverei aos humanos, em sintonia amorosa, parcelas de meus sonhos, um pouco da minha luz, o meu jeito de amar. Sim, vou deixar! E amorosamente seguindo os passos teus, para Ti, Senhor do Amor e da Vida, vou voltar!
Eu sei! Eu creio!
Ir. Zuleides Andrade, ASCJ
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