segunda-feira, 8 de abril de 2013

CONVERSANDO SOBRE VIDAS PASSADAS.


CONVERSANDO SOBRE VIDAS PASSADAS.


Marcial Salaverry

Para podermos falar em vidas passadas, devemos encarar com seriedade a teoria espírita que fala sobre “Reencarnação”. Sempre que formos abordar temas sobre coisas espirituais, devemos despir-nos de quaisquer eventuais preconceitos sobre questões religiosas, apenas procurando analisar o texto em si, lendo-o e meditando sobre o assunto.

Algo que pode confirmar a teoria da reencarnação são as chamadas “crianças-prodígio”, ou seja, crianças que apesar da tenra idade exibem talentos bem acima do normal, mas quando se tornam adultos, não mostram a mesma evolução, ficando praticamente estagnadas no estágio de criança-prodígio. A reencarnação explica o fato, informando tratar-se de um espírito que reencarnou rapidamente, entrando adulto no corpo do recém nascido. A explicação satisfaz e até mesmo justifica-se, pois a ciência não conseguiu ainda explicar o porque de certas crianças serem bem mais evoluídas durante a infância, e depois serem adultos normais, dentro da média de sua evolução normal.

Outro ponto que merece uma análise mais profunda, é aquele que fala sobre “resgate de vidas passadas”. O que poderia ser esse resgate, e como explica-lo?

Desde que o mundo é mundo, sempre alguém provocou danos físicos ou morais a alguém, muitas vezes causando grandes sofrimentos, e até mesmo a morte. Como ficou essa dívida pendente, ela apenas poderá ser resgatada em novos encontros entre esses espíritos em vidas futuras, claro que vestindo corpos diferentes.

Podemos justificar esse fato, lembrando que durante nossa vida temos frequentes encontros e desencontros, com pessoas que, ou nos atraem de uma maneira inexplicável, provocando uma certa aura de simpatia, ou nos repelem, despertando-nos antipatia gratuita. Como explicar tais sentimentos por pessoas que muitas vezes, acabamos de conhecer? Ou sequer conhecemos?

No caso da Internet, muitas vezes alguém nos desperta profunda amizade, sem que saibamos o porque, da mesma maneira que apenas lendo algo escrito, sentimos antipatia por outras.

Podemos encontrar justificativas em fatos ocorridos em vidas anteriores, e os espíritos se entendem, ou não, sem maiores justificativas. Gosto de fulano, não gosto de sicrano... Por que será?

Assim é o amor. Não existem razões plausíveis para o fato de amarmos determinadas pessoas, ou de detestarmos outras.

Existem casos de pessoas de temperamentos totalmente antagônicos, que teoricamente sequer poderiam estar perto, e que se amam, unem-se, e vivem uma vida inteira de plena felicidade, apenas aceitando o sentimento que vem lá de dentro, e que é mais forte do que a própria vida em si. São experiências trazidas de vidas anteriores, e que precisam ser complementadas ou resgatadas nesta passagem.

Assim como a aversão gratuita que sentimos por alguém, quando até dizemos que “nossos espíritos não batem”, poderá ser algo vindo de uma vida passada. Algum mal feito, e que provoca esse sentimento de defesa, pois o débito ainda está latente. E muitas vezes o outro lado insiste na amizade, procura por todas as maneiras agradar, sendo sempre repelido. É a tentativa de um pedido de desculpas, que nosso espírito ainda recusa.

Durante toda a vida soubemos de casos de pais e filhos que se amam muito, o que seria normal.

Mas também sabemos de ódios totalmente inexplicáveis dentro de uma família, causando sua desagregação total. A única explicação plausível é aquela que vem de um lugar do passado.

O tema “vidas passadas” deve ser analisado com total isenção de ânimo, para que se possa chegar a um julgamento correto, mas os fatos em si já dizem alguma coisa em favor do assunto. São coisas que normalmente se atribuem a “coincidências”, ou ao famoso “não sei porque”, e que podem perfeitamente encontrar explicação no plano espiritual.

Vidas passadas, portanto, é algo para ser muito bem estudado.

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