O JUIZ DE CADA UM
Nossos ombros jamais se quedarão ao peso das nossas dores, se assumirmos a responsabilidade dos nossos erros. Como caminheiros do Planeta Terra, recebemos deveres e obrigações, lições e avaliações, desafios dos mais diversos e todas as possibilidades de reajustes que promoverão o nosso crescimento e moralização. O contato com o mundo nos leva a vacilar, e muitas vezes, agimos de forma impensada, causando danos irreparáveis, não só a nós, como ao nosso semelhante. Entretanto, a misericórdia divina atua de forma sábia sobre nós, em todos os lugares, em todos os momentos, nas mais diversas situações, dando-nos oportunidades de analisar a nossa conduta, levando-nos a refletir sobre as ações praticadas. E é exatamente em momentos como esses que somos conclamados a ponderar e buscar caminhos para amenizar as dores causadas àqueles que ora sofrem. A auto-análise é um mecanismo oferecido pela própria natureza, que ampliará as possibilidades de compreensão de nós mesmos, e na medida em que reconhecermos as nossas falhas e nos admitirmos responsáveis pelos danos causados poderemos ter noções do que fomos, do que somos e do que poderemos ser, a partir do nível de conclusão a que chegarmos e de decisões a serem tomadas. Nesse processo de auto-avaliação podemos falhar, muitas vezes induzidos pelo orgulho e pela vaidade, o que nos levará a comprometer a possibilidade de reajuste com aqueles a quem atingimos. Mas, nenhum mal fica às ocultas. Aos olhos do mundo podem parecer invisíveis, mas à luz de nossa consciência ele se manifestará mais cedo ou mais tarde, pois atuará sobre nós em forma de dores e sofrimentos. E é exatamente em tais circunstâncias que clamamos por liberdade. A liberdade de Ser, a liberdade de agir, consagrando-nos, a partir Dalí, como seres conscientes fadados à liberdade espiritual. A natureza age, a natureza entende que é chegado o momento, e atende, estimulando ações benéficas e regeneradoras, promovendo o reencontro e o reajuste de contas.
Autoria: Elvarlinda Jardim,
Do Livro: Momentos de Reflexão (em processo de publicação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário