O DESPERTAR DE UMA TRABALHADORA DA LUZ
Vou deixar bem claro que o que estarei relatando aqui, são recordações minhas.
Para quem não acreditar, encare apenas como contos de ficção. Se se identificar, por favor cartas à redação!Esta será uma série de postagens, que começarei a colocar no blog desde o começo de minha infância até os dias atuais relatando experiências que tive.
Por incrível que pareça de minha infância me recordo apenas de pequenos fragmentos...só se puxar bem na memória é que consigo lembrar de alguma situação marcante. Bom, quando era bem pequena, segundo meus pais, tinha uma saúde delicada. Lembro-me de sofrer de bronquite alérgica e de minha mãe me dando injeções (ela era aux. de enfermagem). Meu pai me disse que eu tinha muitas "ites" além da bronquite...e tinha de tudo. Achei meio exagerado da parte dele, mas eu não me recordo, pra ser sincera, apenas de algumas passagens, e da minha mãe dizendo que fui curada por uma benzedeira, através de algumas simpatias.
Minha mãe, frequentava um centro espírita até antes de engravidar de mim. Ela recebia algumas cestas básicas deste centro. Parece-me que parou de ir lá, quando descobriu que estava grávida de mim. Ainda me recordo de uns livros de Allan Kardec que eu rabiscava quando pequena sem saber do que se tratava... devia ser o Livro dos Espíritos.. A família dela é Umbandista, me recordo de quando criança ter frequentado uma festa de Cosme e Damião na casa de seus parentes, e de uma salinha bem pequena onde a tia dela (mãe de santo) e as primas - filhas (legitimas e de santo) desta mesma tia dançavam com algumas saias rodadas, chupetas no pescoço falando e fazendo trejeitos bem infantis. Eu devia ter lá pelos meus 6 ou 7 anos e achava aquilo estranho, não gostava nenhum pouco, mas precisava estar ali, porque meus pais me tinham levado.
Tinham outras crianças e a comida era ótima! rsrsrsrs Era nos fundos da casa, num quintal de terra com muitas plantas e árvores ao fundo - eu sempre tive curiosidade e medo de me embrenhar naquele mato...rs. Entendam que minhas recordações são bastante vagas e me recordo muito mais de imagens e das coisas que eu ouvia de minha mãe e outros parentes. Sempre fui uma criança bem quietinha, a mais velha de 3 irmãos. Era tímida ao extremo e raramente falava com as pessoas - e quando falavam comigo a vontade que eu tinha era de colocar a cabeça num buraco de tanta vergonha - kkk. Não tinha amizades, era muito observadora - observava as pessoas, seus habitos, gestos, sua linguagem, trejeitos, e embora muito nova sabia identificar uma situação rude. Presenciei muitas brigas entre meus pais, a situação era meio hostil em casa, e cresci tendo que apartar muitas delas. Lembro-me que muito antes de saber ler e escrever eu ja treinava a escrita, queria aprender a ler e escrever o mais rápido possivel.
Cansei de fingir uma escrita nos livros da minha mãe - rabiscos de infância. Peguei mais tarde vários livros cheios desses escritos rudimentares..rs - mas eu ansiava por aprender a ler o que os livros diziam naquelas letrinhas das historinhas. Meu pai me dera uma coleção de vários livrinhos infantis, dentre eles Peter Pan - que se tornou um dos meus favoritos - a Capa Mágica. Adorei, embora ainda nao soubesse ler. Eu morava no Rio de Janeiro, nasci lá. Na minha cabecinha de criança, eu me sentia uma princesa. Tinha uma sensação de realeza mesmo. E detestava trabalhos domésticos...kkk... era até meio preguiçosinha para eles. E detestava quando me obrigavam a fazer. Lembro-me que quando eu tinha uns 3 anos, minha mae me colocou numa aula de natação, penso eu que por causa da bronquite alérgica que eu tinha. Bom, sempre fui incentivada deste criança a usar a criatividade, brincava muitas vezes sozinha, por ser a mais velha, meus irmãos nao tinham ainda maturidade para brincar comigo até meus 8 anos, temos uma diferença de idade de 4 anos para cada um. Bom, mas nao me lembro a data exata, provavelmente entre 8 e 10 anos fiz um tipo de poema sobre sobre "os Pronomes" e entreguei à professora, que gostou muito e nunca mais me entregou de tão bom que era...rs Descobri então que tinha um certo "dom" para a escrita...e que eu adorava isso - escrever. Queria ter um diário e como não tinha, acabei fazendo um onde eu reletava nele minhas experiencias. Cortei varias folhas de papel sulfite e montei um diáriozinho... Lembro-me perfeitamente que em 1992 relatei no diário, o Impeachment de Collor e a morte de Daniela Perez, filha da escritora Glória Perez.
O que mais marcou nesta época, foi que por vplta de meus 9/10 anos, eu adorava escrever cartas e foi uma revelação porque na escola teve uma brincadeira entre turmas e acabei gostando, no final aprendi a me corresponder de verdade com o Brasil inteirinho e recebi cartas até do exterior...isso me ajudoumas esta parte conto em outro momento. Com minha dedicação para ler e escrever aumentando, passei a escrever pequenas historias - contos em quadrinhos - me recordo de um conto sobre sereias. E na sexta série, escrevi uma história interinha sobre um amor impossivel, e tinha uma leitora assidua, uma colega que estava sempre comigo na hora dos intervalos das aulas para acompanhar a "novelinha" que eu escrevia todos os dias. As vezes ela me dizia: "ah, mas ja acabou? e o que acontece depois?" e eu dizia: "não sei, ainda não escrevi" ...haha - eu ficava na expectativa tanto quanto ela do por vir. Bom, um tempo depois eu ja estava escrevendo um romance inteiro de 300 páginas, e mais outro e outro.
Quando fiz 15 anos vim para São Paulo (1997). Ao todo até os meus 16 anos foram 5 livros, nunca publicados, mas por pura falta de interesse dos meus pais para ser sincera. Meu pai até tentou uma vez mandar para uma editora, me ajudou com os manuscritos depois que comprou um computador para casa, encaminhamos uma cópia para uma editora, mas não obtivemos resposta. Depois disso, não nos animamos mais para publicação e os livros ficaram todos armazenados em um disquete que no final foi formatado sem querer pela minha irmã. Os manuscritos? Simplesmente sumiram, ou foram jogados fora, sei lá. Sei que eu tinha muita inspiração para escrever, recebia informação o tempo todo, tudo era inspirador, os pensamentos vinham muito rápido e eu muitas vezes quis ter um gravadorzinho por nao conseguir escrever suficientemente rapido para captar toda a historia que me vinha na cabeça. Passava noites escrevendo, dias escrevendo. Minhas mãos chegavam a doer, os dedos ficavam ate amassadinhos de tanto segurar o lápis ou a caneta.
OS PRIMEIROS SINAIS
Um dia, minha mãe me deu uma revista, chamada "DESTINO" custava na época Cr$30,00 - nem sei quanto isso equivale atualmente em real...rs edição numero 22 ano II maio de 1991 - eu tinha 9 anos ia fazer 10. Esta revista foi um marco, quando comecei a folheá-la, minha mente começou a se abrir de uma forma falando sobre signos plantas medicinais, predições e profecias, lua negra - lilith, ovnis, e o primeiro oráculo que conheci - o I Ching. Apaixonei pela revista. Depois de um tempo eu já estava comprando outras, aprendendo sobre astrologia, lia tudo sobre horóscopos, tudo sobre signos e acabei adquirindo uma certa habilidade em decifrar características dos mesmos. Recebi meu primeiro Mapa Astral - somente o mapa sem interpretação, do próprio "ligue djá" o Walter Mercado, só o Mapa sem interpretação. Isso me aguçou ainda mais a curiosidade, porque de que me adiantava o Mapa sem a Interpretação?
Foi ai que peguei o mesmo, e comecei a procurar informações em livros e revistas para conseguir decifrar aqueles códigos. Foram mais alguns anos para conseguir poder comprar minhas próprias revistinhas, eu não gostava de pedir dinheiro, portanto almejava independencia financeira cedo. Naquela época não tinha ainda computador, celular era uma raridade - estavam começando a surgir aqueles tijolões coloquei aqui até uma foto para ilustrar, meu pai chegou a ter um destes...rs Foi uma época ótima, porque aprendi a ler tarô com cerca de 15 anos comprando uma destas revistinhas de horóscopo que vinham com as cartinhas bem minúsculas de brinde. Depois de um tempo acabei ganhando as cartas do Tarô Mitológico de uma tinha minha. Pois bem, comecei a ler sobre vidas passadas, tudo sempre me levava a aprender cada vez mais e buscar respostas sempre: mais e mais e mais respostas, sem saber exatamente o que estava tentando responder, mas eu me identificava com aquele universo místico, desconhecido e cheio de mistérios e coisas ocultas a se desvendar...até meus 18 anos já tinha aprendido um pouco de muitas coisas, mas eu queria mais, muito mais... Bom, dos meus 9 aos 18 anos...foi meu início, mal sabia eu que nos próximos 10 anos a fagulha ia trazer a tona muito mais.
Em breve continuo um pouco mais esta história...
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