O AMOR EM VERSO E PROSA...

Em verso e prosa, poetas, sonhadores, românticos,
recitam o amor que vai na alma da gente.
Despertados por sentimentos guardados, protegidos, velados..
provocados pela sensualidade do corpo amado, explorado, encantado...

No calor da chama que arde, fenece e repousa, enfim, no abraço apertado, enlaçado, encaixado...

Seres unos no sentir e querer consentido, mas espontâneos...
libertos, originais nas mentes individuais.
Na multiplicidade e diversidade vivem cada um
a sua vida interior, independente, mas entrelaçados na confiança
e na paz de aceitar sem alarde suas íntimas escolhas....

Vendados pela imensidão da névoa noturna, escura, se tateiam...
mas descortinam um ao outro na luz autêntica
de suas almas que brilham.

Não aqueles que vêem apenas pelo olhos da “aparência”
e que em breve tempo, na pouca afeição sincera logo se antipatizam,
se julgam, se repulsam... mas na simpatia do espírito, que eterniza a beleza
mesmo quando já cansado o corpo perece nas rugas
que o tempo finca implacavelmente sua marcas.

Nos comportamentos autoritários, a fraqueza e os temores logo surgem
e se instalam no solo infértil do conviver sufocado, afrontado, segmentado...
mas no amor real, o solo é fecundo na terra firme do respeito mútuo
na seiva forte da sabedoria em que ambos admitem erros
e percebem suas limitações, quando enxergam as limitações do outro
nos olhos desnudos das ilusões... 

por SGiudice

"A maior felicidade é a certeza de sermos amados, apesar de ser como somos".

(Victor Hugo)

Silvana Giudice