Este texto é destinado à leitura por parte de iniciados e, portanto, não terá um grande preâmbulo ou contextualização. Por esta razão, sua compreensão exige conhecimentos e consciências prévias e o leitor deve ter isso em mente se não entendê-lo. O texto se concentrará exclusivamente na questão do chamado “Pecado Original”.
Se uma pessoa conhece menos do que o iniciado, este não discutirá porque não há razão em discutir com quem sabe menos do que ele.
Se uma pessoa conhece mais do que o iniciado, este também não discutirá porque preferirá calar e aprender mais.
Se uma pessoa sabe o mesmo que o iniciado, não haverá discussão porque ambos sabem a mesma coisa.
Esta explicação foi liberada na forma escrita em razão do constante esforço conjunto que mestres espirituais realizam objetivando as importantes, urgentes e profundas transformações na consciência humana. Além disso, visa também estimular os espíritos para a condução de suas personalidades rumo ao despertar. Isso ocorre em razão de que ao ler sobre verdades que o espírito conhece, a alma inconsciente reconhece este conhecimento, sem conseguir explicar como, e sintoniza-se com a verdade superior, aumentando sua vibração e conseqüentemente sua vibração.
Por “pecado original” popularmente entende-se que o homem primordial, Adão, cometera um verdadeiro crime conta os desígnios de Deus quando, por indução da serpente maligna, comeu do chamado “fruto proibido”. Muitos interpretam este “fruto proibido” como sendo o sexo, apesar de que biblicamente se diz que é o fruto da Árvore do Conhecimento (do Bem e do Mal).
Esta alegoria bíblica repercute de forma muito importante na vida de centenas de milhares de pessoas, pois há religiões que afirmam categoricamente que o homem nasceu marcado pelo Pecado Original e por isso será sempre um pecador indigno, jamais podendo redimir-se do suposto erro cometido por seu ancestral primordial, Adão. Ou seja, para estas religiões a humanidade está condenada à danação eterna. Mais ainda, muitos afirmam que a culpa disso deve sobre cair sobre a mulher que seduz o homem, transformando-o em um ser sem opinião, força ou vontade própria.
Este é, grosso modo, genericamente falando, a opinião popular e religiosa do Pecado Original.
O fato é que seres estelares muito avançados em termos científicos viviam na Terra e como ocorre em qualquer parte da Criação precisavam executar tarefas rotineiras para sua manutenção, desenvolvimento e perpetuação. Se de um lado o trabalho tomava tempo, esforço e energia, estes seres também tinham naturalmente apreço pelo prazer e lazer.
Convivendo com humanoides terrenos, os seres estelares decidiram então buscar uma solução para minimizar suas necessidades de esforços e investimento de tempo e energia para realizar as tarefas que necessitavam. A solução encontrada foi mais do que um robô, que se criasse geneticamente um híbrido resultado da associação da força de trabalho do humanoide com as capacidades psíquicas daqueles seres estelares. Assim foi criado o ser humano muito parecido com o que conhecemos atualmente. Este procedimento médico científico extraterrestre foi a razão do salto evolutivo da humanidade que a Arqueologia e a Antropologia não explicam.
A despeito de que muitos afirmam ter-se tratado de uma experiência que deu errado, na verdade foi uma operação com total e absoluto êxito, melhor do que o esperado. E, é aí onde reside a origem do problema.
Juntamente com as habilidades psíquicas, o material genético extraterrestre também suavizou a aparência animalesca dos humanoides, tornando-os mais graciosos, belos e desejável. Mais do que isso, este novo ser passou a apreciar o prazer e a querer repeti-lo, perpetuando o estado de lazer. Mais que isso, o prazer para e com os humanos, com porção instintiva animal era muito mais forte, intenso e viciante.
Assim ocorreu certa identificação entre alguns extraterrestres e alguns humanos, mais afeitos ao prazer e nada dispostos às tarefas que exigiam esforço, dedicação e responsabilidade.
Este grupo inicial do que os gregos posteriormente chamariam de “hedonismo” ganhava cada vez mais membros prejudicando tanto a produção laboral dos seres estelares quanto à harmonia terrena original dos humanoides.
Esta aproximação entre humanos e extraterrestres hedonistas gerou uma casta intermediária entre as duas culturas. Esta casta, de ambos os lados, se sentia acima e melhor do que os demais de seus pares. Os humanos deste grupo sentiam que não deveriam trabalhar, se esforçar e produzir mais (eram “escolhidos” pelos “deuses”), seus extraterrestres se sentiam no direito de relegar suas tarefas aos humanos criados e menos dotados que executariam suas tarefas e obrigações.
Esta situação persiste até hoje na humanidade. Não há mais como se retirar a parte genética herdada dos seres estelares, até porque seria o mesmo que retirar nossas habilidades psíquicas, nos remetendo novamente à Idade da Pedra. Porém, ao permanecer nossa herança genética permanecem também as tendências hedonistas, escapistas e idílicas.
Na sociedade humana atual é comum a exploração de pessoas mais simples por parte de outras que se consideram melhores. Estas, auto-identificadas “melhores” se sentem no direito de acumular riquezas, prazeres e direitos e ao mesmo tempo distanciarem-se das obrigações, compromissos, responsabilidades, esforços e colaboração social. As “melhores” não só escravizam os mais simples como cobram destes que realizem por eles o que se negam a fazer.
Considerando então que a situação genética é insolúvel, parece justificada a interpretação religiosa de “danação eterna”. Mas, já não somos mais animais motivos pelos instintos. Mesmo se assim o fôssemos, ou não teríamos o material genético extraterrestre em nosso DNA ou então como seres animalescos não conheceríamos o prazer de ter prazer e o desejo de manutenção do mesmo.
O ser humano como resultado do processo de hibridação é o único com liberdade para caminhar tanto como ser instintivo quanto como ser estelar. Tanto o ser instintivo animalesco não conhece o prazer, quanto os seres estelares são poderosamente regidos pelas Leis Cósmicas Universais. O ser humano pode adquirir o mérito através da opção de seguir conscientemente as Leis Cósmicas Universais de colaboração, harmonia e integração, realizando suas tarefas e cumprindo com sua razão de existência. Ou então, abrir mão de sua porção estelar elevada para se entregar ao aspecto improdutivo, egoísta, anti-social e animalesco da busca pelo caminho sedentário do menor esforço e do maior prazer.
A questão então não é o prazer em si, mas sim colocá-lo acima da obrigação cósmica da vida coletiva, acima da obrigação de colaboração com o Todo e com as partes, colocá-lo acima dos interesses coletivos de uma sociedade a qual todos fazem parte e todos são afetados por aquilo que todos fazem. A questão não ter ou deixar de ter prazer, mas sim ser egoísta e viver apenas para seu próprio prazer e muitas vezes até tomar a vida e o esforço de outro para isso. A questão é deixar de produzir, de cooperar, de servir, de contribuir, de fazer a sua parte para a harmonia e o desenvolvimento global o qual todos são beneficiados.
Colocando assim, talvez se possa perceber que não existe um culpado, mas cada um pode identificar ou não sua porção de culpa e alterá-la conscientemente. Não se trata de uma decisão ou ação transcendental, mas sim cotidiana mesmo. Quantos veem o trabalho como uma terrível obrigação que é obrigada a aceitar para poder pagar suas contas? Quantos veem seu trabalho como fonte de recursos para seu sustento e evolução, para seu desenvolvimento pessoal e, principalmente, para sua dignidade pelo fato de estar contribuindo na produção de produtos ou serviços que servirão a outras pessoas? Quantos se sentem realizados conquistando coisa para si? Quantos se sentem realizados conquistando coisas para outras pessoas?
A questão sexual é de natureza íntima e pessoal e representa o mais puro, terno e profundo prazer que se pode ter. Sem dúvida reflete bem o posicionamento psíquico da pessoa ante a questão prazer e colaboração, entre receber e doar, entre o eu e o tu. É durante o ato sexual que se pode perceber quanto à pessoa está ocupada com seu próprio prazer ou com o prazer do outro. Talvez, se for feita este tipo de análise, se chegará à conclusão que o problema não seja de natureza feminina, mas sim masculina.
É tudo uma questão de mudança de postura, de visão e de abordagem. É uma questão de opção consciente por ser um ente cósmico ou um verme que só pensa em si mesmo. É uma questão de se decidir viver entre as magníficas e eternas luzes das estrelas ou chafurdado na lama da terra. É uma escolha entre se decidir viver como Filho do Pai ou como um aborto animal. É escolher entre olhar para as estrelas no horizonte ou para o chão onde se pisa. É pensar no amanhã e nos demais ou somente no que se pode desfrutar imediatamente.
Luciel
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