CROMOTERAPIA ANCESTRAL:
A MÁGICA PEDRA VERDE QUE PROTEJIA AS CRIANÇAS EGÍPCIAS
Uma rara múmia de criança do primeiro período da história do Egito foi descoberta enterrada com um amuleto de pedra verde brilhante, que se acreditava possuir poderes mágicos.
Os achados ajudam a explicar porque os hieróglifos e textos históricos retratam as crianças do Egito usando maquilagem verde nos olhos. Acrescenta também mais evidências de que os antigos egípcios pensavam que a cor por si só possuía energia sagrada que podia ajudar ou causar o mal às pessoas.
Segundo a cientista italiana Raffella Bianucci os primeiros amuletos coloridos egípcios datam dos períodos pré-dinásticos Badarian, de 4.500 a 3.300. A.C. A recente múmia infantil analisada, continha restos de uma criança de 15 a 18 meses de idade e data de 4.700 anos atrás.
"Mesmo com materiais e formatos limitados, esses antigos amuletos dão uma boa indicação das forças perigosas que os antigos egípcios sentiam estar presentes no seu mundo e contras as quais era necessária a proteção por podres mágicos", disse a cientista.
Ela e seus colegas primeiramente examinaram os restos da criança que estava envolta em bandagens de linho. Evidencias imunológicas apontaram que a criança morreu de uma grave infecção por malária.
Os pesquisadores então voltaram sua atenção para um saco de couro fossilizado amarrado com um fino cordão de linho, que estava enrolado junto com as bandagens.
Duas pedras foram encontradas dentro do saco. Os pesquisadores repararam numa verde brilhante.
Raios X poderosos e análises microscópicas por escaneamento eletrônico revelaram tratar-se de chrysocolla, uma sílica de cobre hidratada. Hoje em dia a chryscolla é valorizada como pedra ornamental, que em suas formas mais azuladas, frequentemente é confundida com a turquesa.
Segundo Bianucci, a malaquita verde era o mineral mais comum, no antigo Egito, desde que os minérios de chryscolla foram limitados a bem poucos no Sinai e no deserto do leste do Egito. A chryscolla deve ter sido especial para as crianças, já que os arqueólogos anteriormente tinham descoberto uma pequena figura de criança feita desse material em outra sepultura.
"No antigo Egito, a cor era uma parte integral da substância do ser e de tudo na vida", disse ela, explicando que o verde – a cor da nova vegetação e dos corpos em crescimento incluindo a valiosa planta do papiro - estava ligada à saúde e ao "florescimento". O capítulo 30 do Livro dos Mortos , um antigo texto funerário egípcio,"instrui que o amuleto de escaravelho deve ser feito de mineral verde e colocado na altura do coração das múmias".
Bianuuci, com base nesses registros, disse que o vermelho era a cor da vida e da vitória, o branco sugeria onipotência e pureza, o preto era o símbolo da morte e da noite, o azul simbolizava a vida e o renascimento e o amarelo acreditava-se ser eterno e indestrutível, como o sol e o ouro.
Com relação ao amuleto verde da múmia da criança, ela disse "Nós podemos hipotetizar que (os pais) desejaram que sua criança fosse protegida de influencias indesejáveis e fosse saudável do outro lado da vida"
Salima Ikram, um professor de Egiptologia da Universidade Americana do Cairo, declarou quanto ao fato da criança ter sido enterrada com o amuleto:
-"Claramente isso era um amuleto que era enterrado com a criança num esforço de assegurar sua segurança no outro lado da vida – é uma pena que ele não pudesse proteger a infância nesta vida". (*)
Fonte:, Discovery News (fev.2009)
Pois é, deste lado da vida,daqui a pouco vamos ter que pintar as crianças interirinhas de verde já que as pobrezinhas não vem podendo contar nem com os próprios pais, a quem foi atribuida essa tarefa.
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