ARTIGO SOBRE O CLORETO DE MAGNÉSIO P.A
O Cloreto de Magnésio PA é um composto químico inorgânico, de fórmula MgCl2, constituído por um íon magnésio e dois íons cloreto. É usado na medicina, para fins terapêuticos, como fonte de íons de magnésio, essenciais para muitas atividades celulares. É também usado na culinária, para preparação de tofu a partir do leite de soja; e na indústria, para diversos fins.
Magnésio
A luz da vida
No centro da molécula de clorofila, presente em todas as plantas, está um mineral essencial para a vida, o magnésio. É ele que captura a luz solar e a transforma em energia num processo conhecido como fotossíntese. É interessante notar que a clorofila é quase idêntica à hemoglobina, uma molécula presente no nosso sangue e responsável pela oxigenação dos tecidos – a diferença entre estas duas moléculas é que o átomo central da hemoglobina é o ferro, e o coração da clorofila é o magnésio.
Nas plantas é o magnésio que vai transformar a luz em alimento. Deste fato depende toda a vida na face da Terra. Se as plantas não tiverem magnésio, elas não são capazes de se nutrir através dos raios solares. Quando o magnésio está deficiente a planta definha, perde o viço e começa a morrer. Nós somos assim também – não poderíamos respirar, mover os músculos ou usar nosso cérebro sem magnésio suficiente em nossas células.
Enzimas e energia
A função principal do magnésio é na ativação enzimática – este mineral está envolvido em mais de 350 reações enzimáticas essenciais à vida, abrangendo todos os aspectos da fisiologia humana. Também tem ação direta na produção de ATP, a molécula de energia do nosso corpo, no funcionamento do músculo cardíaco, na formação de ossos e dentes, no relaxamento de vasos sanguíneos, na função intestinal, e em muitos outros órgãos e tecidos. A ciência moderna e a medicina ignoram o magnésio. Milhares de dólares e euros são gastos em pesquisas de ponta para descobrir novos medicamentos, e o que é simples e eficaz é desprezado. Os médicos na sua quase totalidade não prescrevem magnésio e desconhecem o seu real potencial na cura e prevenção de inúmeras doenças e sintomas.
Magnésio no corpo
Aproximadamente 60% do magnésio está armazenado nos ossos, 26% nos músculos, e os 14% restantes estão distribuídos pelos outros tecidos e fluidos corporais. Há uma alta concentração de magnésio nos órgãos mais ativos metabolicamente, como o cérebro, coração, fígado e rins. O magnésio é tão precioso para o corpo que fica quase todo guardado dentro das células, no compartimento intracelular. Somente 1% do nosso magnésio total circula pelo sangue.
Por esta razão quando o médico solicita a dosagem de magnésio no sangue, ele vai ter uma idéia errônea da situação real. Quase sempre o magnésio se encontra dentro dos níveis de referência considerados normais. Se o magnésio presente no sangue estiver baixo, isto significa que a situação está crítica e há uma deficiência crônica e perigosa. Na verdade a deficiência de magnésio deve ser medida pelos sinais e sintomas que o indivíduo apresenta, e as estimativas são de que 80% da população têm carência de magnésio.
Pesquisas
No PubMed, um site que publica pesquisas médicas indexadas, pode-se encontrar alguns milhares de estudos científicos sobre os benefícios de vários compostos de magnésio na saúde humana, abrangendo enxaquecas, depressão, ansiedade, insônia, dor, memória, hipertensão arterial, e muitos outros mais, demonstrando a impressionante versatilidade deste mineral curativo.
Sinais e sintomas
A deficiência de magnésio pode ser detectada a partir de queixas, desconfortos e diversas doenças presentes no indivíduo:
ansiedade e pânico
depressão
insônia
nervosismo
hiperatividade
desordem de atenção
doença cardíaca
trombose
hipertensão arterial
batimentos irregulares
doença hepática
doença renal
cálculos
cistites de repetição
diabetes
síndrome metabólica
hipoglicemia
fadiga crônica
doenças intestinais
constipação
soluços
asma
pré-eclampsia e eclampsia
tensão pré-menstrual
infertilidade
cólica menstrual
osteoporose
cárie dental
câimbras
dores musculares
espasmos musculares
fraqueza muscular
enxaquecas
dor lombar
envelhecimento precoce
stress
Tipos de magnésio
O magnésio é um sal mineral e está presente na natureza sempre associado a outras moléculas orgânicas ou inorgânicas, como minerais e aminoácidos. Alguns exemplos:
cloreto de magnésio
citrato de magnésio
aspartato de magnésio
óxido de magnésio
carbonato de magnésio
orotato de magnésio
sulfato de magnésio
gluconato de magnésio
Por que cloreto de magnésio?
Tanto o magnésio quanto o cloro tem grande importância na manutenção da saúde e vitalidade. O cloro é necessário para a produção de grandes quantidades diárias de suco gástrico, usado para digerir os alimentos que ingerimos, e ativa enzimas responsáveis pela pré-digestão dos amidos. O magnésio, além de tudo o que foi dito acima, também age no rejuvenescimento ao prevenir a calcificação dos nossos vasos, órgãos e tecidos, um processo característico da degeneração corporal ligada ao envelhecimento.
Se optarmos por outros sais de magnésio, o corpo vai despender energia extra para convertê-los em cloreto de magnésio. Para absorver o óxido ou carbonato de magnésio o corpo vai precisar produzir uma quantidade extra de ácido clorídrico. Em indivíduos idosos, especialmente com doenças crônicas ou em uso de medicamentos que controlam a acidez estomacal, a produção de ácido clorídrico é insuficiente, o que dificulta a absorção destes outros sais de magnésio. Neste caso os íons de cloro são absolutamente necessários para permitir a assimilação do magnésio.
Mais benefícios
Além disso, o cloreto de magnésio tem uma ação no combate de infecções, tanto via oral como tópica. Em 1915, um cirurgião francês, Pierre Delbet, descobriu que a aplicação de uma solução de cloreto de magnésio em feridas externas tinha um efeito estimulante na atividade leucocitária e na fagocitose, o que acelerava a cicatrização e prevenia a infecção do ferimento. Seu interesse foi tão grande que ele começou a pesquisar outros usos e descobriu sua ação imunoestimulante e tonificante geral quando tomado por via oral. Muitos outros pesquisadores, anos depois, chegaram às mesmas conclusões.
Concluindo, o tratamento com cloreto de magnésio visa a suprir deficiências nutricionais sistêmicas, a melhorar o funcionamento de nossas células e do sistema imunológico, além de proteger as células do dano oxidativo.
Os “milagres científicos” da Medicina
Apesar de toda a fortuna investida pelos grandes laboratórios na busca de medicamentos fabulosos e mirabolantes, no século 21 a humanidade continua sendo vitimada por doenças crônicas e degenerativas cuja incidência aumenta cada vez mais. Diabetes, doença cardíaca, câncer, obesidade, doenças neurológicas, depressão, osteoporose – estas pragas modernas explodem e fogem do controle de autoridades médicas, sanitárias e governamentais, e o pior é que eles estão perdidos e confusos sobre fatos básicos ligados à saúde.
A simplicidade do magnésio
Se estes pesquisadores abrissem um pouco os olhos veriam que a base da verdade científica na medicina está no magnésio, pois ele está no centro exato da vida biológica, assim como o ar e a água. Simples assim.
Sem o magnésio nosso corpo colapsa, entra em pane, perde a energia, não consegue efetuar reparos aos danos sofridos. O cloreto de magnésio pode ser considerado como uma solução médica milagrosa para a humanidade. Quando os níveis celulares baixos são corrigidos é isso que parece, que um milagre ocorreu. Inúmeras queixas se vão sem nenhum dos remédios modernos, que intoxicam e não cumprem o papel de curar. Na minha clínica vejo isso acontecer diariamente.
Coração e magnésio
Durante e logo após um enfarte acontecem alguns eventos, a saber:
- aumento do dano ao coração devido à concentração de íons de cálcio no músculo cardíaco,
- formação de coágulos que podem bloquear os vasos coronários,
- redução do fluxo de sangue porque os vasos sanguíneos entram em espasmo,
- arritmia devido ao dano ocorrido no músculo cardíaco, produzindo contrações defeituosas.
Ação do magnésio:
- dilata os vasos sanguíneos,
- neutraliza a ação do cálcio, prevenindo o vaso espasmo,
- ajuda a dissolver os coágulos,
- reduz dramaticamente o tamanho do dano cardíaco e previne a arritmia,
- age como um antioxidante contra a ação dos radicais livres no local afetado pelo enfarte.
Atenção: quando se usa medicamentos para o coração, principalmente diuréticos para reduzir a pressão arterial, ocorre uma depleção de magnésio, que é eliminado junto com o potássio. O magnésio é essencial para estabilizar a atividade do músculo cardíaco.
Insulina e magnésio
O magnésio é necessário para a produção de insulina pelo pâncreas, e também ajuda na sua função de metabolizar a glicose sanguínea. Há uma interação entre o mineral e o hormônio – é a insulina que transporta o magnésio para o interior das células.
Em um estudo feito no Gonda Diabetes Center, na Califórnia, 16 voluntários saudáveis foram colocados numa dieta deficiente em magnésio, e a sua insulina tornou-se menos eficiente em mover a glicose do sangue para as células, onde ela é utilizada como fonte de energia ou armazenada para uso futuro.
Por outro lado, quando ocorre a resistência insulínica, primeiro passo no caminho do diabetes tipo 2, ou quando nosso corpo já não produz insulina suficiente, nós não conseguimos estocar o magnésio dentro das células, que é onde ele deve estar, e os rins simplesmente excretam o magnésio circulante no sangue.
Esta relação íntima entre magnésio e insulina determina o status de nossa saúde. Magnésio e insulina precisam um do outro, e nós precisamos dos dois. Níveis baixos de magnésio intracelular e no sangue estão associados com a resistência insulínica, com intolerância à glicose, e com a redução da secreção de insulina pelo pâncreas.
Diabetes, doença cardíaca e magnésio
O magnésio intracelular ajuda a relaxar os músculos, e se nós não conseguimos estocar magnésio, ele vai ser eliminado via urina, o que vai fazer com que os vasos sanguíneos fiquem contraídos, aumentando a pressão arterial e reduzindo o nosso nível de energia. Assim podemos perceber claramente a intima relação entre o diabetes e a doença cardiovascular.
Ansiedade, depressão, stress e magnésio
É cada vez mais comum e mais banalizado o uso de drogas psiquiátricas contra a depressão, ansiedade, stress e outros sintomas mentais, como o pânico, a compulsão alimentar, as dependências de álcool e tabaco, e fobias diversas. Drogas pesadas com inúmeros efeitos colaterais, causadoras de dependência e que não curam o problema. Estes sintomas podem estar ligados a uma deficiência de magnésio.
As pessoas não apresentam depressão ou ansiedade porque o corpo tem deficiência de Valium ou Prozac, ou outros medicamentos do mesmo tipo. Estas drogas não são usadas pelo nosso corpo nos importantes processos metabólicos, ao contrário do magnésio, cuja deficiência pode levar ao aparecimento de sintomas na esfera psicológica.
O magnésio relaxa o sistema nervoso por diversos mecanismos. Além de agir na musculatura contraída, ele também é bloqueador natural de um receptor cerebral chamado NMDA. Este receptor é estimulado pelo cálcio levando a uma hiperexcitação do cérebro, com irritabilidade, ansiedade, depressão e stress. O magnésio age como antagonista, impedindo esta hiperexcitação, ajudando a acalmar o sistema nervoso.
Osteoporose e magnésio
Existem aproximadamente 18 nutrientes essenciais para ossos fortes e saudáveis, incluindo o magnésio. É um grande erro suplementar somente o cálcio quando se quer tratar ou prevenir a redução da densidade óssea. O cálcio domina soberano o tratamento da osteoporose, e os médicos receitam este mineral sem ter a mínima idéia das consequências bioquímicas do desequilíbrio que estão ajudando a causar. Se houver deficiência de magnésio, este cálcio, em vez de se fixar no osso, vai se depositar em tecidos moles como as juntas, causando artrite, ou nos rins, contribuindo para a formação de cálculos renais, ou ainda nos vasos do coração, levando ao entupimento das coronárias e enfarte.
O magnésio tem múltiplas funções no metabolismo ósseo:
- níveis adequados de magnésio são essenciais para a absorção e utilização do cálcio.
- o magnésio estimula a produção de calcitonina, um hormônio que ajuda a preservar a estrutura óssea e retira o cálcio excedente da circulação sanguínea e dos tecidos moles, fixando-o no osso.
- também suprime a ação de outro hormônio ligado ao metabolismo ósseo, o paratormônio, reduzindo a reabsorção óssea.
- o magnésio é necessário para converter a vitamina D inativa na sua forma ativa, o que ajuda a aumentar a absorção de cálcio.
- as reações enzimáticas necessárias para formação de osso novo são magnésio dependentes.
Equilibrando cálcio e magnésio
Pesquisadores finlandeses associaram uma altíssima incidência de casos de enfarte e osteoporose no país a uma dieta em que a proporção entre cálcio e magnésio é de 4 para 1. Isto ocorre também nos Estados Unidos, onde a proporção é de 5 partes de cálcio para 1 parte de magnésio. A conclusão é que a nossa alimentação tem grande ênfase no cálcio sem o cuidado de equilibrar o magnésio. A preocupação com a osteoporose e a suplementação de pílulas de cálcio aumenta ainda mais este desequilíbrio entre os dois minerais.
O correto seria manter a proporção em no máximo 2 partes de cálcio para 1 parte de magnésio. Na dieta do homem paleolítico esta proporção era de 1 para 1. Mesmo uma pequena deficiência de magnésio torna-se um grande fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose. Se existe muito cálcio no corpo, especialmente proveniente da suplementação do cálcio, há uma grande redução na absorção do magnésio, o que piora ainda mais o quadro da osteoporose. Este cálcio que não se fixa no osso é chamado de cálcio patológico, e vai se depositar nos tecidos moles causando diversas doenças, já citadas acima.
Comendo magnésio
Como melhorar a alimentação para obter mais magnésio? O teor de magnésio de todas as folhas verdes, nozes e sementes, grãos e leguminosas, é dependente da qualidade do solo. Seria muito importante que este solo fosse rico em magnésio, o que não ocorre de modo geral, porque os fertilizantes utilizados são à base de nitrogênio, fósforo e potássio, que fazem a planta crescer muito e parecer saudável, mas a depleção crônica de minerais essenciais no solo empobrece os nossos alimentos. E por isso vivemos num estado carencial crônico, cujas consequências são mais evidentes à medida que envelhecemos.
Suplementando magnésio
Se 80% da população é deficiente em magnésio, está na hora de suplementar o magnésio. E o cloreto de magnésio é uma forma barata, segura e eficaz de se obter ou recuperar a boa saúde. Quem mais precisa deste mineral:
idosos
diabéticos e pré-diabéticos
pessoas em dietas restritivas
uso crônico de bebidas alcoólicas
usuários de medicamentos para o coração
usuários de antiácidos
praticantes de atividade física intensa
hipertensos
portadores de osteoporose
portadores de doenças cardíacas
grande stress mental
Quanto magnésio tomar?
O cloreto de magnésio em pó deve ser diluído em água filtrada ou mineral. Para 1 litro de água coloque 2 colheres de sopa rasas, o equivalente a 20 gramas de cloreto de magnésio. Misture até dissolver e guarde na geladeira. A dose básica a ser tomada é 50 ml (1 xícara pequena de café) 1 a 2 vêzes por dia. Para o tratamento de deficiências mais sérias esta dose pode ser aumentada para 3 a 4 vêzes por dia. Se houver qualquer reação adversa, como diarréia, náusea ou sonolência, reduza a dose.
Para a limpeza de feridas a proporção é de 1 colher de sopa rasa em 1 litro de água filtrada ou fervida. Além do efeito bactericida, esta solução de cloreto de magnésio estimula a imunidade local, o que ajuda a acelerar a cicatrização.
Dra. Tamara Mazaracki
Graduação em Medicina – UNIRIO
Membro da Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN
Título de Especialista em Nutrologia - Associação Médica Brasileira - AMB
Pós-Graduação em Terapia Ortomolecular , Nutrição Celular e Longevidade - Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo - FACIS-IBEHE
Atenciosamente Irene
7 comentários:
Acredito que este artigo possa sim dar mais visibilidade a algo tão importante. Vale destacar onde se pode encontrar o magnésio para compra. Abraços de Luz
Gostaria que me informasse se o cloreto de magnésio pode ser usado por pessoas que sofram de hipo ou hipertireoidismo.
Grata,
Luciene
Parabéns pelo artigo, e aproveitando a oportunidade gostaria de dizer que a palha do coco seca, fervida em agua, é um excelente remedio para gastrite e dores de estomago. Estou dizendo por que já ajudei muitas pessoas se curarem deste mau.Não encontrei nenhuma pesquisa ainda, mas garanto é muito bom mesmo. Abraços a todos
Tenho Diabetes ,Fasso uso continuo com intervalos de 2 meses de uso por 1 mês de descanso,é muito bom mesmo. Aos moradores de Belo Horizonte que estão com difilculdade para encontra o CLORETO DE MAGNESIO PA, passo o endereço e telefone do laboratório(NÃO FASSO VENDAS)Imail.jorgereginaldo1@hotmail.com - Jorge Eduardo
Conheço o Cloreto de Magnésio PA, já tem alguns anos, mas não consigo toma-lo pq não para no meu estomago devido ao gosto, já fiz varias tentativas sem sucesso. Agora encontrei na internet em cápsulas, na dúvida por não conhecer o site liguei para o fornecedor onde meus pais compram o produto em pó para saber se ele vendia o produto encapsulado e ele me disse que não porque se encapsular o Cloreto de Magnésio ele irá derreter a cápsula. A Dra saberia me dizer se a informação procede? Existe Cloreto de Magnésio que não seja PA e qual a difenrença entre eles?
Grata
Mércia
mmcer@ig.com.br
Pessoas com hipotireoidismo podem tomar o cloreto de magnésio?
Se sim...
Quanto?
Pessoas com hipotireoidismo podem tomar o cloreto de magnésio?
Se sim...
Quanto?
Postar um comentário