O LIVRO ( sem nome )
- SEGUNDA PARTE
/ CONTINUAÇÃO 05
- E o Junior, não tem nada para contar dele a este respeito?
- Tenho sim, e vou te contar. O Junior foi quem em primeiro me despertou a curiosidade em querer saber sobre extra terrestres.
- O Junior? Minha santa, isto é que é surpresa!
- Sim Lúcia, por mais incrível que possa parecer foi ele. Tinha em torno de 5 anos, se a memória não me falha. Perto de nossa casa havia um “campinho”. Um terreno desocupado, mas murado. E as crianças gostavam de ir lá brincar.
- E você permitia? Isso de brincar em terreno baldio...
- Ah Lúcia, não havia perigo. Antes me cientifiquei. E não iam sozinhos. As babás os acompanhavam. E lá iam eles, todos felizes, junto com outras crianças que moravam na mesma rua que a nossa. Depois, quando saíam eu ficava olhando eles irem e pensando no tempo em que eu também ia para o “campinho” brincar.
- Com teu Mário!
- Sim, com meu Mário. E ficava torcendo para que eles tivessem as mesmas alegrias que eu tivera.
- Entendo. Conta então a tal experiência com os extras.
- Foi assim... As crianças foram brincar no campinho. Lá tinha grandes pedras. Contou a babá que a certa altura desceu “uma nave espacial” e eles se esconderam junto com as outras crianças atrás das pedras, com medo.
- Então as babás também viram a nave?
- Sim, confirmaram terem visto. Elas também se esconderam atrás das pedras. Estavam assustadas e não tomaram os devidos cuidados com Junior. Apenas quando viram ele sair de trás da pedra e ir ao encontro da nave é que o chamaram aos gritos, mas não foram atendidas e nem tiveram coragem de ir buscá-lo.
- E o Junior entrou na nave?
- Não. Elas contaram que ele parou bem próximo da mesma e ficou conversando com alguém.
- Conversando? Elas viram os extras?
- Não. Elas apenas sabiam que tinha alguém pois o Junior falava com este alguém. Nem mesmo elas ouviram o que se falava.
- E depois, o que aconteceu?
- Depois o Junior voltou para junto delas e a nave foi embora. Voltaram todos para casa contanto esta história.
- E o Junior, o que dizia? O que ele te contou? O que eles conversaram? Como eram os extras?
- Quantas perguntas não é menina? Foram quase as mesmas que fiz. E como você fiquei sem respostas.
- Como assim? O Junior não contou nada?
- Não querida. Ele estava muito vermelho. Extremamente vermelho. Os olhinhos azuis dele pareciam saltar da órbita. Medi a temperatura e estava com muita febre...ou muito quente, sei lá. O que sei é que o meti debaixo do chuveiro para esfriar tanto a pele quanto o emocional. E ele estava tão “diferente” que proibi falarem sobre o assunto.
- Ah mimosa, mas que grande oportunidade você perdeu de sabermos mais sobre os extras. As noticias vindas de uma criança tão pequena seriam maravilhosas pois não haveria a interferência do ego.
- Verdade Lúcia. Mas veja, nem eu mesma estava acreditando nesse história.
- Não? Achou que era tudo invenção?
- Nem sei o que achei. Mas tive a comprovação no dia seguinte, quando saiu em todos os jornais esta aparição de nave. E com fotos. O Junior mostrou a foto e disse: o avião do homem. Não perguntei mais nada e mudei de assunto. Acho que fiquei tão assustada por se tratar de meu filho que não quis saber mais nada sobre o que eu não entendia.
Essa foi a primeira vez que me assustei e perdi uma grande oportunidade de aprender. Ouve outra...
- Com o Junior?
- Não. Com o Cezar, meu filho caçula. Já te conto.
- Está bem. Tem mais alguma coisa que possa me contar sobre o Junior?
- Não, a não ser que ele é a alma mais velha da nossa família. As atitudes de vida dele são todas elas corretas e lineares. O Junior não precisa fazer mais do que faz com seu exemplo de vida. E é por isso que é tão respeitado, inclusive por mim que permito que seja ele a me ensinar o que é ser realmente humilde. Estou aprendendo ainda, mas estou crescendo graças aos ensinamentos dele.
- Agora fala do Cezar mimosa. O que tem para dizer dele?
- Ah querida, falar dele merece uma pausa para um chimarrão. Vamos nos dar este tempo?
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