sexta-feira, 1 de maio de 2009

O LIVRO ( sem nome ) - PRIMEIRA PARTE /CONTINUAÇÃO 01/06

O LIVRO ( sem nome ) - PRIMEIRA PARTE /CONTINUAÇÃO 01/06


Primeira Parte

continuação 01



- Antes de iniciar minha história, responda para mim criança amada : Você acredita em reencarnação?



Lúcia olhou sua mimosa com surpresa. Acho que ela está tendo alucinações, pensou.



- Acredito na eternidade do espírito. Mas reencarnação, não sei. Não tive esta prova física ainda, e sabe como sou...



- Sei menina. Bem parecida comigo que busco sempre a prova antes de acreditar. Veja porém que já começou desacreditando. Ou eu fiz a pergunta errada. Vou reformular. Você acredita que o Mestre Jesus nasceu, morreu e ressuscitou?



- Ah, Nele eu acredito. Mas é Ele ...e não um ser humano qualquer.



- Se acredita Nele, acredita também que Ele afirmou “Que somos a imagem e semelhança do Pai” e sempre nos chamou de “irmãos”.



- Já sei o que vai dizer. Não havia pensado por este enfoque. Pois bem minha amiga, não há dúvidas que existe a reencarnação.



- Bom, então vamos continuar com minha história. Tinha eu três anos de vida quando por uma doença física deixei de andar. E por não andar, por não poder participar dos folguedos com outras crianças, comecei a dar atenção aos meus outros amigos.



- Outros amigos? Que amigos são estes?



- Os amigos que toda criança tem. Os amigos invisíveis, que somente elas podem ver e ouvir.



- É verdade. Eu também tive estes amigos. Mas sempre pensei que fosse apenas a minha imaginação.



- Isso é normal. Certamente foi algum adulto que te disse serem frutos de tua imaginação.



- Foi mesmo. Mais precisamente a minha mãe. E dizia ela também que eu precisava parar com estas bobagens se quisesse crescer, ser mocinha...



- Eu ao contrário não tive esta orientação. Meus pais me deixavam brincar com meus amigos, pois entendiam que por não andar e ter amigos reais para brincar, o melhor para mim seria mesmo ter a companhia desses amigos invisíveis. E foi com eles que passei os primeiros anos de meu viver. Não muitos, apenas uns três ou quatro anos mais, pois quando tinha sete anos, já conseguia andar novamente.



- Então deixou de ter esses amigos?



- Não querida, não deixei. Mas aprendi a lidar com esta situação sem parecer mais diferente do que realmente eu era. Aprendi que durante o dia, quando eu tinha que interagir com adultos e até mesmo com outras crianças, eu não deveria falar com eles e nem falar deles, ainda que os visse sempre ao meu lado.



- E quando você conversava com eles?



- A noite. Sempre a noite. Na hora que o silêncio se fazia presente no meu universo familiar.



- Então você não dormia? Ficava brincando o tempo todo? Dia e noite?



- No principio sim. Não exatamente a noite toda, mas até altas horas da noite. Com o tempo, meu corpo físico que era tão solicitado com exercícios, foi ficando mais e mais cansado. Foi quando um desses meus amigos me ensinou que eu poderia deixar meu corpo físico descansando e sair dele e ir brincar tranquilamente e sem esforço.



- Se estou entendendo bem, você quer dizer que foi ensinada como sair deste plano e ir para outro plano?



- Sim querida. É uma verdade incontestável que o que existe aqui, existe lá. E posso te dizer que com muitas vantagens.



- Como assim? Lá, como você diz, existem ruas, casas, escolas, hospitais?



- Sim, existe tudo isso. Difere no uso que se faz das coisas. Difere no sentir. Lá não existe a dor como a conhecemos. Lá existe o Amor, o verdadeiro e incondicional Amor.



- Interessante isso. E pode me dizer por que voltava? Eu ia querer ficar...



- Você e todos os humanos certamente iriam querer ficar. Eu também quis. E para que meu querer não fosse negativado, pois lá não existe o não, me foi mostrado a escolha que fiz em querer vir. E foi assim, reavivada em minhas lembranças o motivo da minha escolha, que aceitei voltar sempre. E continuo aceitando ainda.



- Que delicia! Então me conta, qual foi o motivo que te fez querer vir para este plano?



- Eu queria participar da reconstrução do Planeta. Eu queria poder ajudar aos que aqui ficarem.



- Porque você coloca o verbo no passado? Não quer mais?



- Esta é a parte que você, como uma romântica sonhadora, vai gostar mais de saber.



- Então conta logo!



- Filha, nessas viagens que eu fazia, meu companheiro de brincadeiras e também com quem partilhava os aprendizados, era...



- O teu Mário!



- Exatamente. O meu Mário. Ele era um espírito mais adiantado em sabedoria. Ele era um espírito pleno no sentir Amor.



- Era? Não é mais?



- Sim, ele é. Mas agora não mais como espírito apenas. Ele também reencarnou. Ele também se dispôs a vir ajudar na construção da Nova Era.



- Ah, então ele é.



- Sim, ele é e sempre será. Mas no agora, ele não tem estas lembranças. O véu que lhe cobre a memória é denso, impregnado de conceitos e crenças. Mas te aquieta menina, deixa eu te explicar meus porquês.



- Está certo querida mimosa. Está certo ...Fale mais então.

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