sexta-feira, 1 de maio de 2009

O LIVRO ( sem nome ) - PRÓLOGO e DEDICATÓRIA

O LIVRO ( sem nome ) - PRÓLOGO e DEDICATÓRIA

PRÓLOGO



Por mais paradoxal que possa parecer, acreditar que a Vida continua após a morte física é, para a imensa maioria dos seres humanos, uma questão de vivência.
Desde que nascemos somos expostos a uma verdadeira lavagem cerebral pelos nossos próprios pais, na intenção louvável de nos proteger, ensinar, e nos conduzir ao bem.
Ao alcançarmos a idade do entendimento, somos levados a conhecer religiões, não importando aqui qual delas pois todas, ao invés de salientarem o que temos de melhor, policiam os erros, valorizando o mal, reprimem atitudes que não se encaixam no modelo pré-estabelecido.
Claro que vivemos em sociedades e que há leis que disciplinam estas relações sociais, com o fim precípuo de organizar e manter a ordem. Tantos Códigos, tantas Leis, que certamente poderiam ser resumidos em um:
Código de Honra ( ou de Amor ) : teu direito termina quando começa o do teu irmão.
Mas não é sobre isso que desejo falar. É sobre conceitos de comportamento. Tanto na escola, na igreja, quanto em família, com o pretexto de educar são as crianças forçadas a aceitarem entrar nos padrões convencionais. Cria-se padrões para tudo : para beleza física, para relacionamentos afetivos, formação profissional, conduta familiar...etc, etc. e etc.
E são estes padrões impingidos como essenciais que criam bloqueios e conflitos, estabelecem crenças, impedem a realização da verdadeira vocação profissional e o pior, impedem que se ame com naturalidade.
Há que se aperceber que a Vida é versátil. Há que se entender que mesmo existindo valores eternos, somos diferentes uns dos outros, com aptidões diversas que não podem ser enquadradas em uma regra comum. E mais. Há que se ter sempre em mente que vibramos em freqüências diferentes, sendo este o detalhe que nos torna únicos.
Posso afirmar com segurança que todos, mesmo que tenha sido apenas uma vez questionou: De onde será que viemos? O que exatamente viemos fazer aqui? Para onde iremos quando chegar a hora da nossa morte?
Morte!
Apesar de ser a única certeza que temos enquanto vivos estamos, este é um assunto que relegamos ao esquecimento, no fazer de conta que nem mesmo existe. Até que o fluir dos acontecimentos nos leva a pensar no assunto. E pensamos. Todos nós pensamos na morte. E é quando então chega o medo. E o medo chega, sempre chega, tanto faz se trazido pela dor ou pelo amor.
Ao olharmos nos olhos daqueles a quem amamos e que a idade cronológica já espelha a fragilidade de suas mãos, a doença física que ataca um ente querido ou até a nós mesmos, a falta de emprego que nos dá a impossibilidade de colocar em nossa mesa o pão de cada dia, a falta de paz e segurança que assola todas as sociedades, permitem que nos confrontemos com a morte e com o medo desta.
Não há pior sensação do que sentirmos a morte enquanto ainda vivos.
A morte dos sonhos, da esperança.
Esta é seguramente a pior face da morte.
E é um desses inevitáveis acontecimentos, que fazem parte do trivial viver neste plano, que nos leva a buscar os conhecimentos espirituais com seriedade. Sem encontrar remédio nos meios convencionais, buscamos recursos nos meios alternativos, apelando para padres, pastores, médiuns, terapeutas holísticos, não importa quem e como. O que importa é que nos despimos de todos os pré-conceitos e vamos ao encontro do reconhecimento dos verdadeiros valores da Alma, iniciando um processo de recuperação espiritual.
E nesse processo, acontece em primeiro na religião, no sentido exato da palavra: re-ligare. O nosso retorno à Fonte, a ligação do nosso verdadeiro EU com Aquele que Tudo É.
E no depois, no reconhecimento de que no Universo tudo é perfeição, e que a Vida responderá sempre com aquilo que determinamos, fará com que nos livremos da inversão de valores a que fomos submetidos, fazendo com que com lucidez possamos usar nossa força interior, tornando-nos equilibrados e conseqüentemente felizes.
A Fé é uma conquista solitária e intransferível. Por ter sido beneficiada na crença que tenho na espiritualidade, é que me dispus a escrever, narrando esta experiência.

Dedicatória

Àquele que fez vibrar em mim a melodia divina do Amor Real, que me ensinou a olhar o brilho deste amor sem queimar minhas pálpebras, matou minha sede com a seiva da Vida, perfumou meu corpo com as lágrimas da entrega, acolheu a Criança e a transformou em Mulher, a Mário sobrenome , dedico este livro.

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