segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SEGURANÇA AFECTIVA?

SEGURANÇA AFECTIVA?


Compartilho, o que escrevemos em 08/09/2004.

Como o tempo não existe, continuaria, ? "atual", ainda - termo evolutivo - em nossa atual sociedade?

Muita coisa a ser mudada, para uma Nova Sociedade??


Segurança Afectiva?



Não estou aqui para julgamentos ou críticas, pois que seria ferir a livre escolha de cada um, de cada uma. São apenas observações sobre os conceitos e leis humanas que acabaram criando o seu ‘manual de boa conduta’ nos relacionamentos e a vivência entre casais que vão formar a ‘célula mater’ de uma família e as injunções criadas por suas leis.


Conhecem-se e iniciam as alquimias do amor. Nesta natural relação de encanto resolvem realizar o que chamam de casamento.
Continuo observando que vão começar a prática das leis terrenas que dão direitos apoiados em deveres. A relação que era simples e natural no que concerne aos sentimentos de ambos vai ser imposta. Havia alguma lei ou imposição quando se conheceram? Não era um estado natural e feliz? O que era natural até o momento de praticarem a palavra casamento é o começo da anti-naturalidade da única coisa que realmente interessa... Os dois.
O que principiou de maneira tão natural, usando o termo de vocês, ‘divina’, vai passar a ser regida por leis que vocês mesmos criaram à procura do que chamam de segurança.
Segurança afetiva?
Existe?

O choque natural e divino da alquimia do amor vai começar a ser domado. Quando se conheceram precisavam de segurança? Não eram só vocês no gorjear a naturalidade? Não viviam em ‘outro mundo’?
Sim, viviam em outro mundo - ou mundo real - sem seus conceitos e leis, criações de vocês mesmos. Vocês criaram isto tão fortemente que muito do que vou dizer chamarão de utopia, como se a realidade fosse utópica. Inicia-se como podem ver a destruição da única coisa que realmente existe: O amor natural e divino.

Casamento como lei obrigatória ou consentimento para ficarem juntos ou estarem juntos. Casamento civil e religioso. Houve uma época em que certos conceitos eram necessários, mas vocês não evoluem? O dinheiro que cada um amealhava a duras penas começa a interessar ao sistema tributário e à instituição do sistema que chamam de religião.
Blasfêmia? Onde se esconde a real blasfêmia? Ai colocam a vocês obrigações para que este amor continue. TEM que haver casamento civil (amor dos cartórios).
TEM que haver casamento religioso (amor de quem)? Ou este amor não é só de vocês dois? Começa aí o pronome possessivo desagregador de tudo que existe. Sentiram alguma posse quando se entregaram pela primeira vez? Havia alguém à sua frente dizendo ‘Eu vos declaro marido e mulher’?
Pecado encoberto depois por outro pecado?
Ou alguém com testemunhas para ‘sacramentar’ seu amor pelas leis civis? Apresentações... Este é meu marido esta é minha mulher... Não foi assim que se apresentaram à sociedade e aos parentes? (parentes?)... Eles existiam quando se amaram pela primeira vez? Parentes que TEM de serem aceitos - apesar de indesejáveis - só porque é a minha mãe, o meu pai, o meu irmão, a minha tia etc., que por mais que sejam indesejáveis você tem a obrigação de atendê-los.
Vê-los como pessoas que estão com você agora, mirarem-se vocês dois como companheiros - que estão neste momento - não os desobriga de tudo? Começa o grande estrago que provoca o pronome possessivo neste mundo. Você é obrigado a cuidar do que é seu. Você é obrigado a comparecer a uma igreja todos os domingos para alguém que nunca se ‘casou’ dizer a você como deve funcionar. E aquela explosão de puro amor do início, vai para o inferno?? A isto observo atentamente de como se vence pelo medo. Em decorrência, o amor que vocês sentiam um pelo outro é simplesmente invadido e povoado pelo que não existe. Vocês são obrigados a gostar do que não gostam.
Seria a obrigação de comer quiabo a vida toda para quem não gosta de quiabo. Vejo que muitos que ‘freqüentam’ suas casas comem quiabo sem gostar faz muito tempo. Vejo psicólogos que gostam e sugerem... quiabo frito!

Vocês são obrigados a dividir o que é indivisível, seu amor real. São obrigados a trabalhar para o sustento da família e muitas vezes das ‘famílias’ que nem o quiabo conseguiram. Passa o tempo, vêm os filhos e vocês que assumiram as ‘obrigações’ obrigam-nos a comer quiabo mesmo que não gostem...
Comam, isto faz bem!!? E depois se queixam que seus filhos se rebelem ou pior, se droguem. Não teria sido melhor deixá-los comer a batata frita que tanto gostam? Não vêem que criança não cria, criança copia? Entram em idade escolar. Vão aprender várias ciências. Boas notas para regalo da família; nunca a vivência do significado real de dignidade e honestidade. E vocês continuam trabalhando duramente comendo quiabo - sem gostar - para que os filhos...
possam comer o que quiserem? Quando se amaram pela primeira vez naquele enlevo do momento real e inesquecível, havia alguém dizendo que TERIA que ser na alegria e na dor ou ‘até que a morte os separe’... Que a separação de um simples amor começa com a imposição do que é natural como se o que é natural pudesse ser imposto.
Obrigação é ingerência na escolha alheia. Às vezes vocês têm sucesso em seu trabalho, ganhando mais dinheiro que a maioria. Lá vem a parentada risonha, os pedidos melodramáticos. Vejam só, tudo em função de um simples ato de amor! Você envelhece e os olhares são interrogativos... Será que esse saco de dinheiro não vai morrer logo? Quando não o depenam em vida e lhe colocam num asilo. E onde foi parar aquele amor tão simples? As leis civis e religiosas que vocês mesmo criaram destruíram a real fonte divina. Vocês não são obrigados a nada... Obrigam-se pelo que criaram. Mudar.

Mude o que escolheu mudar... Ofereça a si próprio o que quiser. São só sugestões para suas mudanças. Quando oferece a si mesmo, oferece ao seu companheiro ou companheira. Mude a si próprio e virará o mundo de cabeça para baixo... o que, aliás, já está acontecendo! Dêem-se o prazer de estar com quem realmente gostam. Criem uma sociedade um pouco mais evoluída fora das malhas que criaram, preservem o que existe de real.
Façam e muitos farão.

Quase tudo que está ai desaparecerá. Vocês criaram um termo chamado enxurrada... Enxurrada destes tempos. É bom perante a realidade, mas provoca o outro lado do amor, que é o medo. Quem conhece um ‘trilheiro’ de formigas? Não seguem elas umas as outras pelo odor deixado? Que tal sair do trilheiro? A primeira formiga que sair deixará o odor do amor real.
Funciona? E como!!... Muitas outras a seguirão.
Quanto tempo ‘dura’ o amor? Não sei... vocês é que escolhem. Para começar sugiro as palavras de um ser iluminado que passou por aí... Que seja eterno enquanto dure!!
Aleluia!



Em sintonias, escrito por Ivan A Ditscheiner & Cia Ilimitada.

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